segunda-feira, 30 de junho de 2008
Lingua(gem) e lingüística
A Autoria como um modo de viver no conversar
A Linguagem da Educação
A teoria geral da fala e a competência lingüística
sábado, 28 de junho de 2008
As fronteiras da Epistemologia
Tecnologias que auxiliam na constituição de sujeitos de conhecimento
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Letramento Digital e Hipertexto: Contribuições à Educação
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No final do capítulo, é apresentada uma
Referência: ALMEIDA, Maria Elizabeth Biaconcini de. Letramento digital e hipertexto: contribuições à educação. In: PELLANDA, Nize, SCHLÜNZEN, Elisa Tomoe Moriya, SCHLÜNZEN Jr., Klaus (orgs.). Inclusão digital: tecendo redes afetivas/cognitivas. Rio de Janeiro: DP&A, 2005. 375 p.
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quinta-feira, 26 de junho de 2008
Apresentação dos textos de Álvarez (2005) e de Leite (2007) – dia 10 de junho de 2008
A apresentação sob minha responsabilidade teve como textos básicos “Didáctica del texto en la formación del profesorado”, de Teodoro Álvarez e “Recontextualização e transposição didática: introdução à leitura de Basil Bernstein e Yves Chevallard”, de Miriam Soares Leite. A estrutura da apresentação foi organizada de forma a, primeiramente, contextualizar os textos e, em seqüência, apresentar as principais idéias das teorias de recontextualização e de transposição didática em Leite (2007) e a diferenciação entre tipo de texto e gêneros discursivos em Álvarez (2005). Por fim, busquei fazer considerações finais.
Na teoria da recontextualização, há, segundo Leite (2007), uma preocupação de Bernstein em criar uma linguagem conceitual que dê conta da construção do conhecimento escolar. Recontextualizar é reposicionar discursos originais, por meio da ação de agentes recontextualizadores com o fim de constituir um discurso pedagógico. Já, na teoria da transposição didática, o conhecimento original sofre um processo de transposição num esquema que envolve o entorno social, a noosfera e os agentes de transposição. Para Chevallard, o impulso da esfera de ensino se dá pela contradição entre os conhecimentos novos e os conhecimentos antigos. Para ele, podem ser agentes de transposição o currículo, o livro-texto, o professor e o aluno.
Álvarez (2005) escreve sobre os tipos de texto e os gêneros discursivos, bem como apresenta uma possibilidade didática para ensino de gêneros para professores em formação. Para o autor, os tipos de texto são uma configuração textual básica do discurso, de número restrito. Eles se situam nos domínios funcional, enunciativo e pragmático-situacional. São eles: a narração, a descrição, a exposição, a argumentação e o tipo dialogal-conversacional. Já os gêneros discursivos são realizações textuais prototípicas do discurso, de número ilimitado, regulados e determinados por práticas sociodiscursivas. Os gêneros tem uma relação sociodiscursiva de criação, existência e fim. Não é possível que eles contenham apenas um tipo de texto, embora possa haver predominância de um deles. Ocorrem na oralidade e na escrita, em diferentes suportes, como o papel, as telas, os muros e em diferentes contextos ou situações – familiar, profissional, burocrático etc.
Referências
ÁLVAREZ, Teodoro. Didáctica del texto en la formación del profesorado. Madri: Editorial Sintesis, 2005.
LEITE, Miriam Soares. Recontextualização e transposição didática: introdução à leitura de Basil Bernstein e Yves Chevallard. Araraquara: Junqueira e Marin Editores, 2007.
História e desenvolvimento das teorias da linguagem
Atividades de Linguagem, Textos e Discursos ISD
O INTERACIONISMO SOCIODISCURSIVO (ISD):
O quadro sociointeracionista leva a analisar as condutas humanas como ações significantes, ou como “ações situadas” cujas propriedades estruturais e funcionais são, antes de tudo, um produto de socialização. E, a emergência do pensamento consciente resulta da transformação do psiquismo herdado, para a apropriação e interiorização das significações contextualizadas social e historicamente. Sendo as condutas verbais concebidas, portanto, como formas de ação (de linguagem). A ação (discursiva) humana não deve ser dissociada das demandas sociais.
Em resumo, para Bronckart, as propriedades das condutas humanas são o resultado de um processo de socialização, possibilitado especialmente pela emergência e pelo desenvolvimento dos instrumentos semióticos.
As produções semióticas autônomas (pela distância nas nas relações entre o ser humano e o meio) se configuram em organizações de signos dotados de autonomia parcial. Assim, a semiotização dá lugar ao nascimento de uma atividade que é propriamente de linguagem e que se organiza em discursos ou textos.
Os signos são produtos da interação social (do uso) e se organizam nos textos que continuam sob a dependência do uso e, portanto, os significados que veiculam são estáveis apenas momentaneamente, em um determinado estado sincrônico (artificialmente). É através desses textos e desses signos com significações sempre moventes que se constroem os mundos representados definidores do contexto das atividades humanas, esses mundo, por sua vez, também se transformam permanentemente.(p.35)
Assim contextualizadas, cabe ainda ressaltar que as produções textuais estão relacionadas aos parâmetros da situação de ação de um agente (ação de linguagem como unidade psicológica). A mais geral das decisões do agente consiste em escolher, dentre os gêneros de textos disponíveis na intertextualidade, aquele que lhe parece o mais adaptado e o mais eficar em relação à sua situação de ação específica. (p.99-100).
O conjunto de gêneros de textos elaborados pelas gerações precedentes é denominada intertexto, e como tal, é utilizado, transformado e reorientado pelas formações sociais contemporâneas. É portador de valores de uso em uma determinada formação social. Essa nebulosa de gêneros indexados constitui um reservatório de modelos textuais, ao qual o agente de uma ação de linguagem deverá necessariamente recorrer (p.108).
O agente que realiza uma ação de linguagem deve colocar em interface o conhecimento sobre sua situação de ação e sobre os gêneros de textos, tal como são indexados no intertexto e tal como mobilizam os recursos e os pré-construtos particulares de uma língua natural. Esse processo acaba na produção de um texto empírico que é produto dialético entre contexto de ação, representações da língua e gêneros de texto. Tem um correspondente verbal ou semiótico, apresentando características comuns ao gênero (modelo) e propriedades singulares que definem o estilo particular do agente.
A produção de cada novo texto empírico contribui para a transformação histórica permanente das representações sociais referentes não só aos gêneros de textos (intertextualidade), mas também à língua e às relações de pertinência entre textos e situações de ação.