segunda-feira, 30 de junho de 2008

A teoria geral da fala e a competência lingüística

O autor apresenta-nos a idéia de que nas décadas anteriores, a linguagem oral e a linguagem escrita eram examinadas como opostas, havia uma “supremacia da escrita”, como se “tornar-se alfabetizado” significasse um avanço no desenvolvimento da sociedade. Segundo o autor, “A perspectiva interacionista preocupa-se com os processos de produção de sentido tomando-os sempre como situados em contextos sócio-historicamente marcados por atividades de negociação ou por processos inferenciais”. Sua análise não toma as categorias lingüísticas como dadas a priori, mas como construídas interativamente e sensíveis aos fatos culturais. Assim, Marcuschi preocupa-se com a análise dos gêneros textuais e seus usos em sociedade” (p.34). Sendo assim, a fala não apresenta propriedades intrínsecas negativas, tampouco a escrita propriedades intrínsecas privilegiadas. A hipótese defendida por Marcuschi é que as diferenças entre fala e escritas se dão dentro do continuum tipológico das práticas sociais de produção textual e não na relação dicotômica de dois pólos opostos. As diferenças entre fala e escrita são frutiferamente vistas e analisadas na perspectiva do uso e não do sistema, não considerando o código, mas os usos do código. 4.4) A teoria geral da fala e a competência lingüística: crítica à teoria de Saussure, a fala e as atividades da língua, pensamento, conhecimento e competência. Leitura: Janaína e Angela

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